violência de gênero

Como denunciar casos de violência doméstica durante a quarentena

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Fabiano Marques (Diário)

A principal recomendação de especialistas da saúde para tentar interromper a circulação do coronavírus no país é o isolamento domiciliar, principalmente para pessoas acima de 60 anos ou quem sofre com alguma doença. Só que isso traz impactos em todas as esferas da sociedade e uma delas é na violência doméstica contra mulheres, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU). 

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Segundo o documento publicado pela ONU Mulheres, que foca nos possíveis impactos da crise da Covid-19 em mulheres da América Latina e do Caribe, os riscos de violência contra mulheres e meninas é mais alto por que as tensões em casa também podem aumentar.

- O impacto econômico da pandemia pode criar barreiras adicionais para deixar um parceiro violento, além de mais risco à exploração sexual com fins comerciais - explica o documento. 

Segundo a chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Nadine Anflor, os dados sobre violência doméstica durante a quarentena só devem ser divulgados em abril. 

- Embora essa seja uma tendência mundial, apontada por pesquisas em países que já passaram pela necessidade do isolamento domiciliar, de que quanto maior a convivência essas violências no caráter intrafamiliar aumentem, nós ainda não temos como medir, em números - relata. 

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De acordo com a delegada Elizabete Shimomura, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Santa Maria, nesta semana - a primeira após decretos municipais e estaduais fecharem serviços não essenciais - o número de ocorrências relacionadas a violência doméstica era baixo, mas ainda não é possível afirmar se é maior ou menor do que em períodos anteriores a quarentena. 

Em Santa Maria, nos dois primeiros meses de 2020, conforme dados do Indicador da Violência Contra a Mulher, foram registrados 153 casos de lesão corporal, 15 casos de estupro e uma tentativa de feminicídio. Neste mês, o primeiro caso de feminicídio aconteceu na cidade

A delegada responsável pela Deam reforça que os casos devem ser sempre denunciados: 

- Façam ocorrências, a maioria dos crimes dá pra fazer online. Caso queiram medidas protetivas  podem procurar a Deam ou a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) - completa Elizabete. 

COMO PEDIR AJUDA

ONLINE

POR TELEFONE

  • 190 - Polícia Militar
  • Disque 180 - Central de Atendimento à Mulher

PRESENCIALMENTE

  • Na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), de segunda a sexta das 8h às 18h. Ela fica na Rua Duque de Caxias, em frente a Praça Saturnino de Brito.
  • Na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), funciona diariamente 24 horas por dia. Ela fica na Rua dos Andradas, entre as ruas Duque de Caxias e Serafim Valandro.

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